
No silêncio absoluto,
no azul imenso, imóvel,
repousa agora o navio,
entre rochas e mais nada.
O naufrágio anunciado,
temido, inevitável,
finalmente aconteceu.
O navio está no fundo!
Olha em volta, devagar,
passado o primeiro embate,
e reconhece contornos,
ausência de sensações,
o nada.
Desfeito em mil pedaços,
perdida a roda do leme,
não existem soluções.
Baixa os braços, fecha as asas
e tenta adormecer.
Uma coisa o incomoda
em todo este silêncio
de sinfonia perdida,
de música que ninguém faz...
o navio não encontra
a ilusão prometida
de uma maré de paz.
*Julho 2002
8 comentários:
Nunca mais encontrará uma maré de paz.......
... todos os amantes do mergulho tentarão ir junto dele, estudá-lo, vê-lo, esventrá-lo, sei lá.....
Beijo
eu quero
ser inventada
como
chama
linha
corpo d´ água
que não sabe
onde
c
a
i
a
.
.
.
Excelente seu blog, muito criativo, parabéns. Se tiver um tempinho, visite o meu. Abraço. Phylos (Brasil)
também as sinfonias regressam
por saudade...
e os barcos :)
beijO
*
Baixa os braços,
fecha as asas, ?
,
não,
,
no minimo tem uma
história para contar ...
,
jinos em andorinhas do mar
,
*
Se o barco naufragou
Nada até á praia
As roupas rasgadas podem ser remendadas
E nova vida nascer
Beijinhos
luna
A roda do leme somos nós, a direcção do destino do náufrago é decidida pela nossa vontade em vencer na vida.
talvez carregue a memória triste das circunstâncias de náufrago desfeito...
talvez a paz, de tão rara, seja dificílima de encontrar, ainda que no fundo do mar silensioso...
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