
Dos dias felizes de outrora
teci uma manta azul de memórias,
viagens imaginadas que nunca fizémos,
tardes serenas junto ao mar,
o brilho nos olhos.
Guardei-a, dobrada, em gavetas de cristal,
como tesouro intocável.
Depois, abri a janela ao luar,
às límpidas manhãs,
aos poentes dourados.
O melro voltou a cantar
nos arbustos do jardim.
Da encosta avisto novos horizontes
de contornos ainda indefinidos.
E julgo que sobrevivi.
*
9 comentários:
Ahh, a vida é um eterno renascer, só precisamos ter a janela aberta, para que as manhãs nos iluminem a casa, oa poentos nos encantem as memórias e as noites enluaradas nos convidem ao sonho...
Lindo, o teu sentir.
Um beijo.
*
é na ponta da manta,
do meu manto,
que destapo as memórias,
e no cheiro da maresia
ouço o cantar da cotovia,
em contornos de andorinha,
,
é belo o teu poema
,
conchinhas, deixo,
,
*
Só se morre uma vez... entre a morte e o nascimento passamos por comas ou mortes aparente... e sobrevivemos sempre!
Um abraço
em azul
Desculpa... esqueci-me de dizer que gostei do que li.
Claro que sim!
Eu estava convencido de que sim.
Tinhas que sacar tudo o que tinhas nessas gavetas.
Pôr tudo ao sol e ao vento.
Novos ventos virão e acariciarão a tua pele.
A vida segue contigo...
Que sejas muito feliz
Un beijo de de esperança
lina a névoazinha no horizonte! :)
cheia de formas possíveis!
beijo ~
Julgas?
quanto tiveres a certeza é porque renasceste de verdade
beijos
Que o melro cante todas as manhãs
e encha de lindos trinados a tua vida
Pelo mérito de tão lindos versos e amizade tomo a liberdade de repassar o “SELO PRÉMIO DARDOS” e convidar-te a continuar a caminhada.
Para mais pormenores visita a página BARLAVENTO
A poesia nos redime com essas imagens sublimes de vida.
Saudações!
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