
Eu sou aquela que sou
sem nunca o poder ser
Eu sou aquela que tem
sem nunca o poder ter
Tenho nos olhos o brilho
daquilo que nunca vi
Tenho no peito a chama
daquilo que não vivi
Sou uma estrela a brilhar
numa noite bem escura
Sou uma estrela apagada
nesta dor que não tem cura
Tenho sorriso de criança
à espera que chegue a vida
Tenho cansaço de velho
pela vida já vivida
E nesta contradição
do ter e do nunca ter
sei apenas o que sou...
esperança de não o ser!
*Junho 2001
6 comentários:
somos todos double face...!!
beijO
A tua poesia liberta-me, é fonte de vida , dá asas à imaginação do leitor...
Um abraço
*
Sim, sei bem
Que nunca serei alguém.
Sei de sobra
Que nunca terei uma obra.
Sei, enfim,
Que nunca saberei de mim.
Sim, mas agora,
Enquanto dura esta hora,
Este luar, estes ramos,
Esta paz em que estamos,
Deixem-me crer
O que nunca poderei ser.
,
in-Pessoa
*
xi
*
Passeei-me por aqui, e gostei de te ler.
Já te tinha dito (acho) que temos em comum gostar do mar e de poesia....
Beijos
uma esperança, uma ânsia, de mais além (de que o mar é bem ilustrativo).
Mar,poesia, natureza, amizade, amor....sentimentos que partilhamos pelo que tenho lido.
Deixo-te mil beijinhos
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